quinta-feira, 25 de maio de 2017

Saúde na Escola


Ação educativa sobre Arboviroses

Rompendo a rigidez do saber biomédico é um desafio falar a língua das crianças.
Para transmitir conceitos de saúde são necessários metodologias apropriadas a cada proposta
Utilizando recursos de audio e vídeo, foram dois turnos de ação  com crianças de 4 a 6 anos, onde pudemos perceber os olhos atentos e a fala espontânea ao reconhecer focos do mosquito em suas próprias residências. Essa resposta positiva funciona como uma avaliação da atividade aplicada.
A vantagem que o público infantil nos apresenta é o de serem agentes multiplicadores em suas famílias e vizinhança, transmitindo o conhecimento no próprio cotidiano.


Autoria: Cássia Veras

terça-feira, 16 de maio de 2017

Sobre os dois primeiros meses de Residência...


A experiência inicial de formação na Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade do HESFA-UFRJ vem sendo para mim, ao mesmo tempo, enriquecedora e desafiadora. Enriquecedora na medida em que, por meio das aulas teóricas e das vivências práticas, está possibilitando um acúmulo de saberes e uma ampliação do olhar para a realidade na qual se atua. Mas, ao passo que se compreende melhor o cenário das práticas, tem-se também uma maior compreensão das dificuldades do cotidiano de trabalho, marcado por inúmeros desafios institucionais, políticos e ideológicos.
Em relação às vivências de territorialização na Clínica da Família Rinaldo De Lamare, situada na Rocinha, vejo como relevante destacar três momentos: a chegada na clínica, a nossa organização para as atividades de territorialização e a inserção parcial no cotidiano de trabalho da equipe Vila Verde e do NASF. Durante nossa entrada na Clínica, os R2 foram extremamente acolhedores e o restante da equipe de saúde (preceptora, médica, ACS, gerência e profissionais do NASF) foi bastante receptiva. Ainda assim, nos sentimos um pouco perdidos nesse início em relação a como devíamos nos comportar enquanto Residentes Multiprofissionais em processo de territorialização e de que modo poderíamos nos encaixar na dinâmica de trabalho da clínica sem assumir o papel de trabalhadores efetivos e sem nos deixar levar pela demanda por mão-de-obra daquele espaço. A partir dessas questões, decidimos construir uma Agenda Padrão Mensal com todas as atividades que seria interessante desenvolvermos nesse primeiro momento, como: acompanhar o acolhimento; assistir as consultas da enfermeira e da médica da equipe, bem como as interconsultas dos profissionais do NASF; ir no território com os ACS da equipe; participar dos grupos e das ações de saúde desenvolvidas pela clínica; conhecer os demais dispositivos públicos, privados e as organizações sociais presentes no território; etc. Todas essas atividades foram pensadas buscando atingir o objetivo desse momento de territorialização, que trata-se de conhecer de fato o território, o serviço de saúde em questão e a população adscrita para, então, compreender as necessidades e potencialidades do trabalho naquele cenário. E foi a partir do desenvolvimento dessas atividades planejadas e da participação das reuniões de equipe que, aos poucos, nos vimos de certo modo já inseridos enquanto residentes em territorialização no cotidiano da clínica. Digo isso por sentir que já somos reconhecidos por toda a equipe Vila Verde e pelos profissionais do NASF e, ainda que precisamos reiterar em vários momentos, todos já sabem nosso papel e objetivo nesse processo de territorialização.
Assim, considero que os aprendizados associados à prática de trabalho já começaram a despontar nos nossos cotidianos no serviço, mostrando que as dificuldades não podem se tornar limites para o trabalho na Atenção Básica, mas sim devem impulsionar nossa atuação no sentido de explorar as potencialidades (do profissional, da equipe, do usuário, da comunidade, das políticas públicas, enfim, de todos os componentes envolvidos em cada caso) a fim de construir novos caminhos para antigos problemas.





Ass: Nathalia Pereira

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Ambiente Alimentar.





A alimentação é um dos determinantes sociais da saúde e o comportamento alimentar é um fenômeno complexo no qual estão englobados aspectos biológicos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais que se relacionam e se potencializam mutuamente. O território tem grande influência sobre a alimentação dos usuários, pois é ele que determina a disponibilidade de estabelecimentos e alimentos, a dificuldade do acesso físico a esses estabelecimentos e a dificuldade do acesso financeiro. Por isso é importante conhecer o território e ter um olhar atento que enxergue a realidade do sujeito, considerando suas especificidades e as relações estabelecidas nesse território, para só assim fazer qualquer tipo de intervenção sobre ele.

Vivemos em um “ambiente alimentar Macro” onde existem várias indústrias que monopolizam o mercado e levam alimentos para vários cantos do mundo, o que contribui bastante para construção de novos hábitos alimentares que antes, determinada população não tinham, e não teriam se essas industrias não tivessem chegado até eles. Até mesmo a posição dos alimentos nos supermercados ou em outros estabelecimentos determinam as escolhas alimentares é o chamado “ambiente do consumidor”, não é à toa que na maioria dos estabelecimentos o corredor que leva ao caixa estão cheios de guloseimas.

Existem ainda o “ambiente de informações” que inclui a mídia e a publicidade, o “ambiente comunitário” que são as disponibilidades de estabelecimentos que vendem produtos saudáveis e não saudáveis e seus horários de funcionamento, entre outros. Todos esses ambientes alimentares influenciam na escolha por uma alimentação saudável o que impacta diretamente na saúde da população.


Thais Coelho.